sábado, 31 de outubro de 2009











Há peças do quebra-cabeças da nossa vida
Que parecem inexistentes
Não conseguimos localizá-las
Por mais que tentemos, nos esforcemos
Elas parecem inatingíveis, inalcançáveis
Ou então, há peças que
Não se encaixam em nenhuma outra
E perdemos muito tempo tentando
Fazê-las encaixar
Como posso ter peças que não são minhas?
Como podem peças minhas não estarem comigo?
Onde se encontram? Em que momento as perdi?
Vejo algumas que se encaixam perfeitamente
Nos jogos de outras pessoas
Cada quebra-cabeça humano
Que se encaixa em outro
E formam um novo jogo!

Gotas












Cada gota d’água

Que cai, molha

O chão, a grama

A pele

Renova cores

Inspira amores

E liberta dores

sábado, 24 de outubro de 2009

crash into me...

Dave Matthews

Isso que se espalha pelo meu corpo
Inunda minhas células
Navega em meus líquidos
Me atinge velozmente
Toma conta da minha mente
Esquenta meus póros
E abre meus desejos


"...Sweet like candy to my soul
Sweet you rock,
And sweet you roll
Lost for you, I'm so lost for you

Oh, and you come crash into me
And I come into you
And I come into you
In a boy's dream
In a boy's dream..."

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

cansaço



Às vezes canso
Canso de esperar
De tentar reconhecer
Em meio à rostos
Braços, pernas e abraços,
O teu cheiro, o teu jeito
A tua voz me dizendo baixinho:
Acabou a sua procura!

domingo, 18 de outubro de 2009

o beijo corporal



Lendo um pouco sobre relacionamentos em um blog que aprecio muito, por diversas razões... a aparente maturidade do escritor, sua forma de "ler" e "interpretar" o universo feminino, e o masculino, inclusive, algo me chamou atenção na questão do beijo...
Ficamos muito ansiosos geralmente com o primeiro beijo... como será, onde, o momento certo... Alguns se jogam na primeira oportunidade, outros esperam tanto que o tempo passa...
Nao há respostas para todas as perguntas e questionamentos... o certo é que para aqueles que consideram o beijo, não apenas um beijo, mas uma entrega, a expressão de um sentimento... para esses, então, a crise se agrava! É verdade que existe um sem número de tipos de beijos... os apaixonados, ousados, os que só externam tesão, os quase-beijos...
E é sobre esse último tipo que quero compartilhar o pensamento do jovem escritor. Talvez isso nos ajude a baixar a ansiedade e a ter uma nova visão dessa magnífica e deliciosa experiência...


"Às vezes o homem (ou a mulher) quer beijar, mostrar serviço, exibir aquela técnica tailandesa de chupar a língua que leu há anos em um artigo sobre 9 tipos de beijo. Ele quer fazer algo. Antes, porém, ele espera o momento e se move em direção ao beijo. Sua ansiedade o impede de experimentar várias possibilidades. Por exemplo, o que aconteceria se agisse como se o beijo já tivesse acontecido? Ou, se no momento certo para o beijo, não beijasse e seguisse se relacionando noite adentro?

Quem já entendeu que beijo é uma coisa que não existe deixa a energia subir e sempre se surpreende quando o beijo acontece. No primeiro encontro, uma peça de teatro no SESC Avenida Paulista e depois uma longa conversa no Paris 6. No segundo, samba de gafieira, salsa, bolero e forró no Buena Vista Club. A noite inteira colados, suando juntos, às vezes com os lábios a 2 centímetros, mas nenhum beijo. No terceiro encontro, chegam no apartamento dele depois de algumas horas no bar Anhanguera. Quando o beijo acontece, ambos sabem que aquilo que não é um beijo. Ora, beijo seria se tivesse acontecido no segundo encontro. Agora é tarde demais…

O melhor beijo é o que se improvisa quando duas bocas param entreabertas a mílimetros de distância. Beijo respirado. Línguas, lábios e dentes… não. Dos pés aos cabelos, nós beijamos mesmo é com o corpo todo."


POR GUSTAVO GITTI
extraído do site http://nao2nao1.com.br/beijo-e-sexo-sao-coisas-que-nao-existem/

sábado, 17 de outubro de 2009



“O amor acontece quando a gente deixa de esperar o príncipe e começa a lidar com o sapo”


(Mariana Mattos)



...in my stomach!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eles



Esses dias ao lado deles
encheram meu coração.
De alegria, de contentamento,
mais ainda, me encheram de chão.
Sim, porque com eles
Me sinto amparada, segura.
Não estou só.
Nesses dias, este mesmo lugar,
tornou-se diferente.
E aí compreendo que é a presença
deles que me leva à uma outra dimensão.
E isso independe do lugar.
Mas quando eles não estão mais lá,
sinto novamente o chão faltar!

domingo, 4 de outubro de 2009


Escrever a vida num pedaço de papel

Esboçar sorrisos em poesias

Discorrer em lágrimas coloridas

Os diversos pedaços da vida!

sábado, 3 de outubro de 2009

paraíso?



Ao assistir à alguns capítulos dessa novela, me peguei pensando no tipo de amor “construído” pelos protagonistas. Mas primeiramente na personalidade de cada um. Interessante perceber como o Zeca se comporta como um bebê chorão. Aparentemente um homem forte, doma boi, touro, vaca, o que vier, mas não consegue domar a si próprio. E quando contrariado? Quebra tudo, chama o pai capeta, grita e esperneia como o garotinho mimado que é. É verdade que toda mulher tem um sonho secreto em ser resgatada, em ter um homem-macho capaz de fazer loucuras por ela. Mas até as loucuras precisam ser sensatas, afinal, já passamos há séculos da fase egocêntrica, onde o mundo inteiro gira ao nosso redor. Ou pelo, deveríamos ter passado. Nossa, como conheço gente que ainda tá nessa... bom, mas isso já fica pra uma outra conversa. O fato é que ele, o tal zeca, oscila o tempo inteiro entre o seu querer-imposição sobre a moça assustada e medrosa e os seus surtos quando vê negado seu desejo. Por outro lado, a ovelhinha apavorada, mais conhecida como “santinha” é a covardia em pessoa. Tá certo que todo ser humano na face da Terra tem seus temores. Muitas vezes até o medo de ser feliz paira sobre nós! E ela corre, corre, de tudo... dela, do mundo, do desejo, do amor e é claro, do lobo-boi-brabo-descontrolado Zeca (bem, até eu correria, neste caso). Não há uma mínima, singela sequer, sintonia entre ambos. A não ser na forma como eles reagem diante dos obstáculos: fogem! Que raio de espécie de amor é esse que faz com que os dois se joguem nos braços de outros para “esquecer” aquele pseudo-amor-doentio? Pior ainda, conscientes de que serão e farão outros tão infelizes quanto eles próprios o são. Fica só, oras! Estranho isso! Pra mim é. Ora, se não há possibilidade de ficarem juntos porque há uma séria de "controvérsias", o boi derrubou ele e ele ficou aleijado, a santa tá cobrando a promessa... pondera-se então, repensa-se este amor, ou chuta-se o pau da barraca e enfrenta-se à tudo e à todos. Ainda acho muito incoerente um amor já nascer problemático. Eles terão uma vida inteira pela frente para se adaptarem um ao outro. Visto que a vida à dois nunca é simples. E ainda começar com tantos desencontros.... é no mínimo um mal presságio! Entretanto, no último capítulo achei uma coisa interessante. A cena final, o beijo final. Na minha leitura, aquela imagem foi excelentemente bem representada na relação insegura de ambos, mostrando bem o tipo de amor que os envolve... aquele sempre próximo a cair de um penhasco!