segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Há um lugar certo de onde vêm todos os pensamentos, inspirações, imaginações?
Há um lugar onde pensamos e construímos as ideias vindas lá... do recôndito?
Há uma forma, uma maneira exata de se descrever o íntimo do ser?
Se parte de um mesmo lugar eu não sei, mas é provável ser este o lugar de onde sai e se manifesta o que chamamos de vida!

domingo, 27 de setembro de 2009



“Conquistar é fácil… é a parte mais simples de um relacionamento. O desafio é o que fazer quando se esgotam os tipos de beijos, os restaurantes de comida internacional e as posições sexuais do KamaSutra. O que fazer no oitavo encontro, no quinto ano ou na terceira década?” (Gustavo Gitti)


Escutando certa música que fala do amor, daquele amor diário, que pode ser até monótono, excitante, às vezes, pensei nessa construção. Como se constrói o amor? Porque iniciar é fácil. Há aquela grande excitação, palpitações, romantismo exagerado, idealizações. Mas e quando essas idealizações caem por terra? Quando passamos a conhecer os defeitos daquele ser tão aparentemente especial e perfeito? Ou elas se transformam em algo real, concreto, ou simplesmente evaporam como um gás que se dissipa no ar e se perde em meio à imensidão. Entretanto, uma vez transformado em solidez passa a existir sob outra forma. Sem máscaras, jogos ou dissimulações. Uma construção é iniciada e pode tomar formas esplendorosas, sem a confusão dos sentimentos iniciais, mas com os desafios e delícias da realidade à dois.

sábado, 26 de setembro de 2009

razão e sensibilidade














Onde começa uma e termina a outra?
Não podemos viver dominados
pela emoção, dizem
Tampouco a ignorando
Há quem defenda que
devemos seguir o coração
Outros, a razão
E o ponto de equilíbrio entre os dois
Parece ser mais do que tênue
Parece-me irreal
E diria que de fato o é
Não há como desvencilhá-los
Estão unidos e confundem-se
Em suas nuances e cores
Muitas vezes em dissabores
E permanecem assim
Caminhando juntos
Nem sempre abraçados
Mas sempre sorrindo
Daqueles que os tentam separar

terça-feira, 22 de setembro de 2009

pedacinho



Meu pedaço de mim
que não me pertence
e que me faz ser assim
brigona, chata e turrona
mas que ama sem cessar
esse menino crescido
que insiste em não parar,
de crescer, de querer
seu próprio mundo,
e ir nele morar!









Onde encontrar o amor?
Em frente à Torre Eiffel?
À beira-mar?
Nos parques, campos?
Paradas de ônibus?
Supermercados?
Mas por que não em mim?
Dentro de todas as células
Correndo por todos os póros
Na mente, cérebro
Coração, artérias
E por que não doá-lo?
Não reter em mim
O que a mim não pertence?
Amar é doar-me, assim
Simplesmente com tudo
Não faltando nada
Pra viver apenas
E tão somente,
De amar!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009













as deeper as I think I love You
the deepest You show me what Love is
as higher as I imagine I can reach You
the hightest You can catch me whatever I do
as longer as I try to run to You
the longest You achieve me over all circumstances
as wider as I think I suffer
the widest You show me grace!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

pequenos presentes


sorrisos entregues
a quem os desejar
não aqueles maldosos
não aqueles irônicos
mas os que doam
o melhor de si
e entregam às pessoas
pedaços de felicidade
tão bom recebê-los
de estranhos
que nunca vi
melhor ainda
doá-los àqueles
que desejam sorrir!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

cor-de-rosa




Não, o mundo não é cor-de-rosa, definitivamente! Existem, sim, aqueles momentos em que sempre e insistentemente queremos imortalizá-los, eternizá-los. Como se a vida fosse um grande conto de fadas. Não é mesmo!


De maneira alguma quero fazer uma apologia ao sofrimento, à dor. Mas me peguei pensando no quanto ando correndo disso! Não quero dor, sofrimento, pessoas chatas e irritantes, as quais tenho que fazer um esforço sobre-humano pra não voar em cima. Não quero trânsito, nem doença, muito menos a morte.


Esses dias tava lendo um site interessantíssimo no qual o “rapaz” falava um pouco em voltar às origens. Como assim? Sair do conforto! Ponto! De fato, o excesso de conforto adormece, entorpece e em sua ausência... enlouquece. Isso é o que acontece com o extremo apego a si mesmo, ao meu sofazinho, à minha caminha macia, ao meu bainho quentinho, à minha saladinha fresquinha, às minhas almofadinhas, ao meu ursinho fofinho... não, não há nada de errado com isso! Errado é achar que a vida é só isso!


Ele falava que de vez em quando, procurava comer coisas não tão saborosas assim, tomava banho frio em pleno inverno, para “acordar o corpo”, água morna relaxa, e dizia que era preciso resgatar um pouco o homem das cavernas, o vigor e a força dos nossos antepassados. Concordo! Está sendo criada uma raça, nunca antes existida, de homens completamente fracos, frágeis, perdidos, indecisos, medrosos... Estou falando do gênero masculino mesmo, não usando a palavra homem como ser humano e não vou entrar aqui na velha questão da revolução feminina, que muitos dizem já o ter superado.


O fato é que hoje em dia estão tentando tirar a dor com uma grande incisão de bisturi. Paradoxalmente, mais e mais pessoas morrem, de depressão, de solidão, enclausuradas em si! A dor da alma se propaga vertiginosamente, e vai ficar ainda pior! Mais e mais pessoas estarão enlouquecidas pelo simples fato de não saberem mais lidar com a frustração, com o sofrimento, com o sacrifício. Notei o quanto fujo de ver sangue. Pessoas feridas, não quero nem saber! Assistir só a filminhos comédia romântica onde tudo, advinha... acaba daquela cor. Estou ficando condicionada e medrosa.


E nessa aspiral de acontecimentos e confusões, temos que lidar ainda com o escasso tempo. Tudo tem que ser rápido. Comida rápida, relacionamentos rápidos e soluções rápidas para os relacionamentos rapidamente desfeitos. Não amigos, não virei adepta à deitar numa cama cheia de pregos, mas temo já estar me tornando escrava de mim, do meu egoísmo, do meu egocentrismo, da minha falta de generosidade, sobretudo, com os que eu tenho grandes dificuldades... temo me tornar perseguidora do nada, assustada com tudo. Com perdas, sofrimento, dor, e com o esforço em doar-me... porque a vida é tudo, não é? Não, não é! Pelo menos não para aqueles que esperam bem mais do que existe aqui... onde tudo é aparentemente cor-de-rosa.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Vem andar e voa..."



“Isto é amor: voar na direção de um céu secreto,

fazer com que cem véus caiam a cada momento.

Primeiro soltar-se da vida

E finalmente dar um passo sem pés.”


Rumi (poeta e sábio sufi)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

mulher

Maze, de James Dean





“O abismo dele, sua profundidade, é o espaço de queda para a entrega dela, para a sua dança, seus rodopios, confusões, desejos, ânsias, medos. O abismo dela, seu útero, é o espaço que será penetrado pela profundidade dele. O abismo dela se abre, se entrega e mergulha no abismo dele. O abismo dele invade, inflama e penetra o abismo dela.

A mulher precisa ansiar por profundidade e assim aumentar seu abismo interior. Isso atrairá os melhores homens, aqueles com profundidade suficiente para preenchê-las, aqueles com um abismo infinito o suficiente para que elas se precipitem, se joguem, se entreguem.

(...)

Em uma relação iluminada, eles se abismam um ao outro. A mulher se entrega ao homem e, de dentro dele, dança o universo com sua energia de luminosidade, brilho, charme, carne, prazer. O homem a possui e, dentro dela, fornece o espaço e a liberdade para que nasça mais um universo. É tão simples quanto dança de salão: o homem conduz e a mulher rodopia, encanta, fascina.”

por Gustavo Gitti

Extraído do site http://nao2nao1.com.br/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Quadrados

cada um no seu espaço
sem a fusão do abraço
ou de qualquer enlaço
permanecemos sem percalço

terça-feira, 1 de setembro de 2009

sorver-te




Sugar teu cheiro eu quero
lamber teu gosto eu desejo
sorver cada espaço
até não sobrar nenhum pedaço...

Pra que serve a arte
se não for pra desconstruir?
Sentamos na cadeira do
cinema pra pipoca usufruir?
Pra que serve a poesia
se não for pra refletir?
Repensar a vida, sentir?
Ao nos depararmos com
a Estética, reavaliamos
nossa métrica e
aprofundamos o fruir!