Dias assim

Quem deixa a vida levar

Não sabe onde vai chegar

Será que é pra ser assim

Dias sem muito festim?

(Um desmantelo sem fim?)

Só sei que quero ir além

Daquilo que me contém

If I could...

Seria assim

Como pintura de criança
Rabiscaria um céu azul

Casas bonitas no chão

Família grande e feliz

Amigos por perto

Nenhum deserto

Cores e pássaros

Flores e abraços

Comida pra todo mundo

Alegria também

E muito amor!

Baby, IF I could

Change the world...

Só dá pra ser feliz

Se não se tem

A obrigação

De ter razão

Vida estranha

De pessoas estranhas

Momentos estranhos

Palavras estranhas

E vazio costumeiro

O evangelho maltrapilho - Brennan Manning

"A graça nos atinge quando estamos em grande dor e

desassossego. Ela nos atinge quando andamos pelo vale sombrio da falta

de significado e de uma vida vazia... Ela nos atinge quando, ano após ano,

a perfeição há muito esperada não aparece, quando as velhas compulsões

reinam dentro de nós da mesma forma que têm feito há décadas, quando

o desespero destrói toda alegria e coragem. Algumas vezes naquele

momento uma onda de luz penetra nossas trevas, e é como se uma voz dissesse:

'Você é aceito. Você é aceito, aceito pelo que é maior do que você, o

nome do qual você não conhece. Não pergunte pelo nome agora; talvez

você descubra mais tarde. Não tente fazer coisa alguma agora; talvez

mais tarde você faça bastante. Não busque nada, não realize nada, não

planeje nada. Simplesmente aceite o fato de que você é aceito'. Se isso

acontece conosco, experimentamos a graça".

Nuvens

Dias carregados

Horas ensolaradas

Tempo nebuloso

Tardes azuladas

Manhãs cinzentas

Noites escuras

Gelatina

Derretidas as vibrações

Aquosas as emoções
Diluídas as paixões

Escorrem pelos corações

Afora...

SACO II

Peneiro

O grão da paciência

Que cai

Demoradamente
.
.
.
Vagarosamente
.
.
.

Irritantemente
.
.
.

No espaço vazio

Do metal

Estridente 

SACO

Cheio!

Permeio

Entre o inteiro

Visando

O meio

Do vazio

Derradeiro

Muitas vozes
Muitas placas
Muitos avisos
Muitos caminhos...
Pedro bem sabia
quando assim dizia:
para onde eu iria
Se só Jesus
me guiaria?

CHEERS!

Às sextas

Brilhantes

Vibrantes

De sonhos

Cintilantes

Reúnem

Faceiras

Pessoas

Arteiras

Pequena aurora

Aos sonhos que salvam

Ainda penso

Em viver aquela vida

Que um dia imaginei

Naquele cantinho de dentro

Lugar de encantamento

Que me deixa assim tão leve

E me traz verdes sorrisos

Saltitantes de esperança

Que perfumam meu momento

Na fragrância do mais tenro

Pensamento

Corre corre

Rotina

Corro, corro

E corro mais
A correria do dia

Atropela a vida

Espero o tempo

Trazer respostas

Ele se cala

Na pressa

Do amanhã

Que não se alcança

Nem tudo é fácil

Cecília Meireles

"É difícil fazer alguém feliz, 
assim como é fácil fazer triste. 
É difícil dizer eu te amo, 
assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, 
assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, 
assim como é fácil viver mais um dia. 
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, 
assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua. 
É difícil se convencer de que se é feliz, 
assim como é fácil achar que sempre falta algo. 
É difícil fazer alguém sorrir, 
assim como é fácil fazer chorar. 
É difícil colocar-se no lugar de alguém, 
assim como é fácil olhar para o próprio umbigo. 
Se você errou, peça desculpas... 
É difícil pedir perdão? 
Mas quem disse que é fácil ser perdoado? 
Se alguém errou com você, perdoa-o... 
É difícil perdoar? 
Mas quem disse que é fácil se arrepender? 
Se você sente algo, diga... 
É difícil se abrir? 
Mas quem disse que é fácil encontrar 
alguém que queira escutar? 
Se alguém reclama de você, ouça... 
É difícil ouvir certas coisas? 
Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? 
Mas quem disse que é fácil ser feliz? 
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível 
Precisamos acreditar, ter fé e lutar 
para que não apenas sonhemos, 
mas também tornemos todos esses desejos, 
realidade!"

Ceifa

Às flores colhidas antes do tempo

Nunca mais se verão

Nunca mais sentirão

Alma exigente

Abandona o corpo

Tão logo inútil

Nunca mais os passos

Nunca mais abraços

Dor insolente

Faz tudo passado

Nesse lado fútil