quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De volta aos trilhos



Já li textos e poemas que falam da vida como um trem, no qual pessoas sobem, descem outras, há desvios, atalhos, subidas e descidas. Caminhos tortuosos que pegamos, paisagens exuberantes que vemos, bifurcações, paradas obrigatórias. Refletindo sobre a minha vida, essa caminhada esquisita e misteriosa, excitante e inesperada, perguntei a mim mesma o que havia acontecido com meu trem? Para onde se dirigia, que rumo tomava? Durante alguns bons anos tive a impressão de que ele havia descarrilhado. Sim! Por alguma razão, em algum momento da minha vida, o trem simplesmente ficou desgovernado. Não que houvesse alguma ladeira muito íngrime e sem controle, mas era como se a maquinista não estivesse presente. E fui vivendo sem conseguir voltar aos trilhos. Não sei onde o destino entrou, não sei em que altura o caminho ensolarado reapareceu. Mas de um solavanco, rápido, inesperado, o trem voltou ao seu percurso, apitando... Parece que agora encontrei de novo a paz, a razão, o sentido e o caminho rumo à minha vida!

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