sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A INsustentabilidade do ser...



Há 49 anos nascia a capital do país. Sou suspeita pra falar dessa cidade, visto que aqui resido e, particularmente, aprecio a cidade por suas muitas qualidades. No entanto, sua arquitetura vastamente conhecida, apreciada ou odiada, é o cartão postal da mesma. Bem, há 49 anos a arquitetura do querido, não por mim, Niemeyer, já não fazia sentido. Tudo bem, foi algo revolucionário na época, o digam os arquitetos. Quem sou eu pra contestar tal proeza! Mas toda aquela invenção exigia uma carga altíssima de iluminação artificial, isto é, MUITAS lâmpadas acesas dia e noite. Nesse momento de sustentabilidade, arquitetura verde, podemos perceber a sensibilidade de alguns profissionais da área, em construir prédios, ou o que quer que seja, onde gaste-se MENOS energia e que, no fim das contas, ajudem a diminuir o aquecimento global, entre outros problemas. Tal crime contra o planeta não era muito observado, nem sentido, há décadas atrás. Todavia, neste momento, ajudem-me, por favor, a compreender o que leva um arquiteto renomado, revolucionário, a construir um “parque” TODO EM CONCRETO! O tal “parque”, quase sem área verde, foi construído na capital de Pernambuco. Já nasceu em meio à polêmica, primeiro pelo nome, da mãe do atual presidente da República, que ninguém antes tinha sequer ouvido falar, tamanha contribuição para o país, segundo, havia DE FATO uma área verde anterior à construção do mesmo. Mas o pior ainda estava por vir, o “parque” em si, nada mais é do que dois anfiteatros construídos com o mais puro CONCRETO, completamente FECHADOS! Isto posto, será necessário mais energia artificial ainda. Em pleno meio dia, em uma cidade bastante iluminada naturalmente, serão necessárias lâmpadas...muitas delas! Ligadas de manhã, à tarde, à noite, de madrugada, quem sabe... E se faltar energia? Não quero nem pensar!... Bom, mas a situação se agrava quando vemos a localidade do dito cujo... em frente à beira mar!! Vidro, espelhos, teto solar, pensar num projeto onde se aproveita a ventilação que vem do mar... pra quê?! É muito melhor ligar todos os ares-condicionados possíveis! Todos respirando o arzinho gelado e sem circulação! Ainda há os gastos com a manutenção dos mesmos, claro! E as gripes? Todo mundo espirrando lá dentro, que beleza! É isso aí, fiquemos todos fechadinhos na caixinha, e se quisermos aproveitar a brisa fresca do mar... ora, é só sair do ambiente gelado, enfrentar o calorzão lá fora... e atravessar a rua!

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